O Congresso Nacional estuda um projeto de lei que propõe proibir a participação de modelos excessivamente magras nos desfiles de moda e nos estúdios fotográficos brasileiros, informaram nesta quarta-feira fontes oficiais. Segundo o impulsor da proposta, o senador Gerson Camata, do PMDB, "um Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18,5 é preocupante e as modelos são parte de um grupo de risco nutricional" pela necessidade que têm de ostentar "padrões de beleza" e de "aprovação social" impostos por seu trabalho.
Camata considerou que proibir a participação em desfiles de modelos excessivamente magras poderia ajudar na prevenção de transtornos alimentares como a bulimia e a anorexia. O senador argumentou que "muitos jovens, com vontade de entrar em uma carreira como artista ou modelo, estão submetidos a um regime de alimentos nocivo para a saúde".
Segundo o projeto de lei, se define como modelo qualquer pessoa cuja imagem, total ou em partes, seja utilizada em desfiles de moda ao vivo ou de outro tipo, ou em propagandas dirigidas à divulgação de qualquer produto. O político explicou que a ideia surgiu após a morte da modelo Ana Carolina Macan, que faleceu em 2006, aos 21 anos, vítima de anorexia, uma doença que levou seu IMC a 13,5. "Todos os dias, os requisitos para a seleção de modelos para eventos de moda são mais estritos", principalmente nos casos no qual "o peso se transformou em uma obsessão", disse o legislador.
O projeto foi aprovado nesta quarta-feira pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado, o que supõe o primeiro passo para sua discussão no Congresso.
(fonte: agência EFE)
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